Curcuma, a especiaria contra a depressão que aumenta a memória 5249

06 de fevereiro de 2019

Um estudo avança que a curcuma ou açafrão-da-terra tem benefícios notáveis em pessoas com dificuldades de memória e com humor depressivo.

 

A popular especiaria de cor alaranjada, principal ingrediente do caril, é composta pela substância curcumina, cujos benefícios para a saúde revelaram-se muito benéficos de acordo com vários estudos conhecidos até ao momento. Como é avançado pelo jornal “Forbes”, agora uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, acaba de descobrir que o composto é um forte aliado na preservação da memória e na melhoria do humor em pessoas com sintomas ligeiros a moderados de depressão. Essas mudanças foram observadas não apenas nas capacidades cognitivas dos participantes, mas também em suas células cerebrais.

 

Num artigo científico publicado no The American Journal of Geriatric Psychiatry, os investigadores examinaram o papel de um suplemento de curcumina facilmente absorvível pela memória de pessoas, sem a doença de Alzheimer e sem demência. Os académicos verificaram o seu potencial impacto nas placas microscópicas que se formam no cérebro – de beta-amilóide – de quem tem Alzheimer. O estudo envolveu 40 adultos de 50 a 90 anos que tinham queixas leves em relação à capacidade de armazenar informações e sintomas ligeiros de depressão. Alguns participantes receberam um medicamento placebo – ou seja, um suplemento sem curcumina, outros 90 miligramas da substância, duas vezes ao dia, por 18 meses.

 

Depois desse período, as vantagens para quem realmente tomou curcumina revelaram-se notáveis. Registram-se melhorias na memória e na capacidade de atenção dos indivíduos. Adicionalmente, o humor dos doentes também melhorou revelou-se significativamente menos acumulação de placas beta-amiloide e proteína tau em duas regiões cerebrais dos participantes que tomaram curcumina – a amígdala e o hipotálamo. Estas são as zonas que controlam a ansiedade, a memória, a tomada de decisões e a emoção.

 

«Ainda não é completamente claro para nós a forma como a curcumina age no organismo e na mente, mas pode ter a ver com sua habilidade em reduzir a inflamação no cérebro, processo que tem sido associado tanto ao Alzheimer como à depressão», disse Gary Small, principal autor do estudo, no site da UCLA. Muitos cientistas creem que a curcuma seja eficaz a impedir a incidência de cancros e no seu tratamento.