Crónica VS/CNA: “Proteínas em pó vegetais” 667

Existem muitos tipos de proteínas em pó e são vendidas em diferentes fontes, sabores, formulações e perfis nutricionais. Um grande número de opções provém à base de plantas e que ocupam cada vez mais espaço nas prateleiras numa categoria já lotada. A tendência atual de fontes proteicas inclui, principalmente, variedades à base de ervilha, soja e arroz integral.

A maioria dos produtos contém uma mistura de várias fontes vegetais. Sendo que algumas proteínas vegetais não contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidades adequadas (proteínas de baixo valor biológico), o objetivo para o uso dessa mistura de várias fontes vegetais é para ajudar os consumidores a obter a gama completa de aminoácidos essenciais. No entanto, essa mistura seria provavelmente necessária se o consumidor praticar uma dieta estritamente vegana e, também, existem diretrizes que sugerem que consumir todos os aminoácidos essenciais de uma só vez não é necessário. Os aminoácidos essenciais distribuídos ao longo do dia e consumidos na sua totalidade é o suficiente para satisfazer as necessidades individuais.

Situações com necessidades proteicas aumentadas (grávidas veganas, hipermetabolismo) podem beneficiar de uma fonte proteica adicionada. No entanto, estes produtos são muitas das vezes utilizadas sem muita necessidade tais como em contexto desportivo.

Embora haja benefícios no consumo desses produtos, existem algumas contra-indicações. Podem ser vendidos com preços elevados, podem ter ingredientes que possa ter uma interação com nutrientes e fármacos e também podem ter uma presença maior de antinutrientes e possíveis contaminações. Os produtos à base de plantas costumam ter uma concentração maior em comparação com os de fontes animais. O exemplo mais comum de antinutriente é o conteúdo de fitato. Consumir altos níveis pode se tornar problemático causando deficiências nutricionais e transtornos gastrointestinais. Nestes casos, é necessário implementar regimes de educação dos processos que ajudam na redução do teor de antinutrientes (Demolhar, germinar e fermentar). O exemplo mais comum de contaminação é a presença de arsénio no uso de proteína à base de arroz. O arsénio está normalmente concentrado nas camadas de farelo, por isso é mais alto no arroz integral do que no arroz branco, embora os níveis podem variar com base no local de cultivo e processamento.

Em geral, proteínas em pó à base de plantas podem fazer parte de uma dieta completa. No entanto, o objetivo ideal é primeiro consumir as proteínas vegetais em origem natural que podem atender às suas necessidades e só depois, se necessário, suplementar à base de pós vegetais.