De acordo com um estudo, publicado na revista científica Science of the Total Environment, as crianças que vivem em zonas com maior vegetação apresentam menor sensibilidade alérgica e maior proteção contra doenças respiratórias.
Os investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) também concluíram que cerca de 40% das crianças desenvolveram alergias.
A investigação, desenvolvida no âmbito da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit), surge na sequência do projeto Exalar XXI, do ISPUP, que procura analisar a relação entre a urbanização e as doenças alérgicas nas crianças.
Os resultados demonstraram que as crianças que vivem numa zona com maior vegetação, ao redor das suas habitações, têm uma menor sensibilidade alérgica quando comparadas com as que vivem numa área urbanizada.
Esta pesquisa teve como objetivo estudar a ligação entre a quantidade de vegetação e o desenvolvimento de alergias em crianças com 10 anos.
A investigação envolveu 730 crianças da coorte Geração XXI, residentes na Área Metropolitana do Porto, e desdobrou-se em duas abordagens diferentes.
Na primeira, avaliou-se a quantidade de espaços verdes e a proximidade aos rios e mares ao longo tempo, desde o momento em que as crianças nasceram até aos 10 anos. Já em relação à segunda, procederam a uma avaliação da sensibilidade alérgica das crianças aos 10 anos de idade.
Embora fosse um dos objetivos da investigação, os autores não conseguiram relacionar a existência de espaços marítimos, ao redor das habitações, com o desenvolvimento de alergias nas crianças, ao contrário das regiões com maior vegetação.
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