Covid-19: Sono, exercício e alimentação podem ajudar a gerir o stress 973

Para o especialista em fisiologia e professor catedrático em fisiologia da Universidade do Porto, José Soares, o sono, fazer exercício, ter momentos de relaxamento e alimentação equilibrada são algumas das atividades que podem ajudar a gerir o ‘stress’ e pressão causados pela pandemia da covid-19.

Esta afirmação foi dada numa videoconferência dedicada ao tema “Promover o bem-estar mental e boas performances em tempos da covid-19” onde abordou o impacto que a pandemia tem causado na população portuguesa, especialmente ao nível do stress e ansiedade.

Para José Soares, o isolamento, a pressão social, o teletrabalho, o medo, a incerteza e a falta de referências são fatores que contribuem para o fraco desenvolvimento cognitivo e deixam o “cérebro confuso”.

“O Homem é um ser de colaboração, não foi feito para estar isolado. Ao longo deste tempo, nós deixamos de ter referências e o cérebro fica muito confuso quando não tem referências”, explicou.

E para melhorar a função cognitiva, o fisiologista indica quatro atividades fundamentais: o exercício, a alimentação, o sono e o relaxamento.

Quanto ao exercicio, José Soares explicou a importância das pessoas “se mexerem” ao longo do dia, pois a atividade tem um efeito imediato no cérebro e melhora a sua função cognitiva. Aconselhou todos seguirem o lema “Sit for 60, move for 3”: sente-se por 60 minutos, mova-se por três minutos.

Relativamente à alimentação, defendeu a importância da alimentação, e pediu para se ter cuidado com a “confort food”, “não cair em tentação” e evitar o consumo de bolos, chocolates e “fast food”.

Já as perturbações do sono têm a ver com a falta de concentração e exaustão. José Soares recomendo que se faça uma “preparação do sono”, mas sem recorrer a dispositivos eletrónicos, uma vez que “despertam o cérebro”.

E sobre a exaustão e a falta de concentração, José Soares falou ainda na necessidade de se fazerem “pausas ou intervalos” durante o tempo de trabalho.

“Precisamos de nos rir, porque temos como que uma nuvem que ocupa espaço e sem querer, estamos a ser ‘bombardeados’, e subtilmente, estamos preocupados”, aconselhou.