Covid-19: Restauração ameaça não reabrir se não for de forma plena 1200

A PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional disse hoje que o desconfinamento gradual previsto para o setor “foi muito mal recebido” pelos empresários, que querem reabrir de forma plena e, assim, ameaçam fechar em sinal de protesto.

“O cenário previsto de abrirem apenas as esplanadas ou em modo reduzido, até às 13:00, ao fim de semana, foi muito mal recebido pelo setor da restauração, o setor quer abrir de modo pleno”, lê-se num comunicado enviado pela associação.

Segundo a PRO.VAR, “o setor não tem condições, nem capacidade financeira para adotar a estratégia do ‘abre e fecha’” e os empresários querem “abrir com condições plenas”, caso contrário “’ameaçam’ fechar em sinal de protesto”.

No comunicado assinado pelo presidente, Daniel Serras, a associação refere que o setor da restauração “está mergulhado numa profunda crise” e considera que a estratégia que está a ser pensada pelo Governo para o desconfinamento, tanto quanto se conhece até ao momento, “irá ser a machadada final”, colocando a restauração num “perigoso limbo”.

A PRO.VAR deu também conta de ter estado reunida com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, e com a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, na quarta-feira, num encontro onde foi feito um ponto de situação sobre a restauração.

“O cenário apresentado é de rotura, estamos a assistir à destruição do tecido empresarial, além das empresas do setor da restauração, na cadeia de valor, estão também os próprios fornecedores, que até agora ajudaram a ‘mascarar’ a insuficiência dos apoios, por moratórias forçadas, mas que agora já se esgotou”, alertou Daniel Serras.

A associação disse temer que o Governo “não tenha aprendido com os erros do passado” e, neste sentido, apresentou ao executivo uma proposta “que pretende definir “balizas” e “linhas vermelhas”, de modo a garantir a segurança, aumentar a confiança e permitir viabilidade dos negócios”.