Depois de ter alertado que a atual pandemia agravou as situações de fome verificadas em vários pontos do mundo e criou outros epicentros, a organização não-governamental Oxfam apela à ajuda das maiores empresas de alimentos e bebidas para combater este flagelo.
Apesar da situação de fome no mundo, “os que estão no topo continuam a lucrar”, referiu a ONG, apontando que “oito das maiores empresas de alimentos e de bebidas pagaram mais 18 mil milhões de dólares [cerca de 15,9 mil milhões de euros] aos acionistas desde janeiro”.
Este montante “é dez vezes mais do que o valor solicitado num apelo da ONU no âmbito da pandemia da covid-19 para impedir que as pessoas passem fome”, destacou a organização.
Perante tal situação, e frisando que os governos de todo o mundo devem continuar a agir para conter a propagação da doença mortal que é a covid-19, a Oxfam considera necessárias “ações urgentes” para acabar com a crise de fome.
Entre algumas das medidas, defende, os governos devem, nomeadamente, “financiar em pleno o apelo humanitário da ONU”, “cancelar a dívida para permitir que os países de menor rendimento ponham em prática medidas de proteção social”, “apoiar o apelo da ONU para um cessar-fogo global” e “avançar com medidas urgentes para enfrentar a crise climática”.