Covid-19. Alergias alimentares podem reduzir risco de infeção 1652

Pessoas com alergias alimentares podem apresentar uma chance mais reduzida de se infetarem com SARS-Cov-2, que provoca a Covid-19, mostra um estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology.

A investigação, financiada pelo National Institutes of Health dos EUA, “descobriu que ter uma alergia alimentar diagnosticada – condição que afeta 32 milhões de cidadãos naquele país – “corta o risco de infeção por SARS-Cov-2 para metade”, cita do estudo o site informativo Health. “De forma geral, quando se estuda como doenças e infeções complexas funcionam, existem sempre partes da população que são mais ou menos suscetíveis”, diz o autor do estudo, Max Seibold, investigador no National Jewish Health.

Através da monitorização de mais de 4 000 pessoas em cerca de 1 400 famílias com casos de Covid-19, entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, os investigadores perceberam que “pessoas com asma, que antes se pensava terem um risco aumentado de contrair Covid-19, não tinham afinal uma maior probabilidade de apanhar o vírus”. Apesar de reconhecer que são necessárias mais pesquisas, Max Seibold considera que “podem proporcionar algum conforto a certas populações que anteriormente não tinham a certeza acerca dos seus níveis de risco”.

Ainda assim, continua a ser necessária a proteção de todos para com o vírus. “Acredito que este estudo não indica que pessoas com alergias alimentares estejam protegidas da Covid-19”, explica o imunologista Clifford Bassett à Health. “De facto, aqueles com alergias alimentares, tal como todos nós, devem ser vacinados e também usar máscara, quando apropriado, para limitar o risco de contrair covid-19″, conclui o especialista.

Aceda aqui ao estudo.