Consumo de café pode reduzir em 49% o número de mortes por doenças hepáticas 1022

Segundo um estudo, publicado no jornal BMC Public Health, o consumo de três a quatro chávenas de café por dia pode reduzir o risco de desenvolver doenças crónicas no fígado.

Os cientistas demonstraram que consumir três ou quatro chávenas de café por dia reduz em 49% a probabilidade de morrer de doença hepática crónica, comparativamente a quem não tem este hábito de consumo.

Os resultados do estudo, realizado no Reino Unido, demonstraram que o consumo de café diminui em 21% a probabilidade de desenvolver doenças hepáticas crónicas; e em 20% a probabilidade de desenvolver doenças hepáticas não alcoólicas.

Com o intuito de perceber a relação entre o consumo de café e o surgimento de doenças hepáticas crónicas, os investigadores analisaram, ao longo de 11 anos, os comportamentos de quase 500.000 habitantes no Reino Unido.

Os dados estavam inseridos no Biobank e serviram de base para a concretização desta investigação. Os participantes deste estudo tinham idades entre os 40 e 69 anos, não possuíam um histórico de doença hepática crónica e apenas 384.818 confirmaram ser consumidores de café.

Todos os envolvidos foram avaliados e questionados sobre o historial médico e estilo de vida. Além disso, também foram realizados exames físicos e análises clínicas ao sangue e urina.

Ao todo foram diagnosticados 3.600 casos de doenças hepáticas crónicas, 301 mortes e 1.839 casos de doenças hepáticas não alcoólicas.

Entre os vários tipos de café, os consumidores de descafeinado foram aqueles que tiveram o maior benefício, seguindo-se os consumidores de café instantâneo. O café moído tem propriedades anti-inflamatórias, mas é composto por cafestol, um antioxidante que aumenta o colesterol.

De acordo com este estudo, todos os consumidores de café obtiveram resultados de risco de doenças hepáticas crónicas muito inferiores a quem não consome a bebida.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Our Wolrd in Data, as doenças do fígado encontram-se entre as dez primeiras causas de morte em Portugal e têm vindo a aumentar desde 2000.

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