A American Heart Association (Associação Americana do Coração, em português), realizou um estudo sobre o consumo de frutas e legumes.
O trabalho teve como autores Yanping Li, Shilpa Bhupathiraju, Bernard Rosner, Qi Sun, Edward Giovannucci, Eric Rimm, JoAnn Manson, Walter Willett, Meir Stampfer e Frank Hu.
A pesquisa analisou hábitos alimentares de mais de 2 milhões de adultos em todo o mundo, e os resultados mostram que nem todas frutas e vegetais oferecem o mesmo grau de benefício.
O estudo foi dividido em duas partes. A primeira parte analisou os dados do Estudo de Acompanhamento de Enfermeiros e Profissionais de Saúde, que acompanhou mais de 100 mil americanos, durante 30 anos. Todos os participantes preencheram um questionário de hábitos alimentares no início da pesquisa.
A segunda parte do estudo foi uma análise de dados agrupados de 26 estudos, de quase 2 milhões de participantes de 29 países, da Ásia, África, Austrália, Europa e América do Norte e do Sul.
Ambos os estudos compararam o consumo de frutas e legumes com as taxas de mortalidade.
Constatou-se que as pessoas que comeram cinco porções diárias de frutas e vegetais tiveram um risco 13% menor de morte por qualquer causa do que pessoas que comeram apenas duas porções de frutas e vegetais por dia. O consumo de cinco porções também foi relacionado a um risco 12% menor de morte por doenças cardiovasculares, 10% por cancro e 35% por doenças respiratórias, como doença pulmonar.
Os investigadores chegaram à conclusão que duas dessas cinco porções devem ser de frutas e as outras três devem ser de vegetais.
O estudo não encontrou nenhum benefício em comer mais de cinco porções desses alimentos por dia.
Os resultados mostraram, no entanto, diferenças nos benefícios dependendo do alimento que era consumido. Nem todas as frutas e legumes oferecem o mesmo grau de benefício.
Ervilhas, milho, batata e outros vegetais ricos em amido, por exemplo, não foram associados a um risco reduzido de morte ou de doenças crónicas específicas. Já legumes ricos em vitamina C, como espinafre, alface, couve e cenoura, mostraram benefícios.
O estudo foi financiado pelo Institutos Nacionais de Saúde, a American Heart Association e o Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Institutos Nacionais de Saúde.
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