Desde um projeto que acompanha o doente em toda a sua jornada, a uma luva que quer transformar o autoexame da mama, passando por uma ação de literacia em saúde para os mais pequenos e um projeto que ilumina o caminho para um modelo de financiamento alternativo em saúde, são quatro os grandes vencedores dos TOP Health Awards, uma iniciativa que acaba de premiar pessoas e instituições que se destacaram, em 2023, pelos seus projetos. E que deixaram uma marca na área da saúde em quatro grandes categorias: Integração de Cuidados de Saúde, Literacia em Saúde, Sustentabilidade Social e Tecnologia e Dados ao Serviço dos Resultados em Saúde. A cerimónia de entrega dos prémios decorreu ontem à noite na Associação Comercial de Lisboa.
Na categoria da Integração de Cuidados de Saúde, o prémio foi entregue à equipa a Equipa de Gestão de Caso da Pessoa com Doença Crónica Complexa com Multimorbilidade, da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), que desenvolveu um projeto que segue o doente em todas as fases da sua jornada nos cuidados de saúde, o que se traduz em altas mais precoces, redução dos episódios de urgência e aumento de qualidade de vida e bem-estar do doente e da sua família.
‘O meu coração bate saudável’ é o nome do projeto vencedor dos TOP Health Awards na área de Literacia em Saúde, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da Fundação Portuguesa de Cardiologia que visa promover a literacia para a saúde cardiovascular das crianças do 1º ciclo e promover uma mudança sustentada de comportamentos relacionados com estilos de vida saudáveis, que se estende também às famílias.
Para iluminar o caminho no sentido de um modelo de financiamento alternativo, o Projeto Farol, uma iniciativa da IQVIA na área do cancro do pulmão, desenhou um modelo com base na melhoria contínua, na medição de indicadores clínicos e não clínicos, na gestão integrada do cancro do pulmão e na atribuição de incentivos que permeiam as instituições com melhores resultados em saúde. Iniciativa que lhes valeu o prémio na categoria de Sustentabilidade Social.
E na categoria de Tecnologia e Dados ao Serviço dos Resultados em Saúde, o grande vencedor foi a SenseGlove, uma luva que facilita o autoexame da mama, importante ferramenta para um diagnóstico mais precoce do cancro da mama, e que dá às mulheres um melhor controlo sobre a sua saúde mamária. Trata-se de um dispositivo médico, doméstico e portátil, ligado a uma aplicação móvel que, com a ajuda de sensores, deteta anomalias, benignas ou malignas, no tecido mamário, monitorizando o seu tamanho e textura através de um algoritmo de inteligência artificial (IA).
O prémio é uma iniciativa da Associação TOP HEALTH, uma instituição sem fins lucrativos, criada por duas empreendedoras portuguesas ligadas à área da saúde, Paula Costa e Cristina Campos, e cujo objetivo passa por por impulsionar o talento em saúde e reconhecer projetos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações.