Um estudo britânico comparou hábitos alimentares de praticantes de exercício físico em confinamento e concluiu que a retenção em casa trouxe profundas mexidas nos hábitos e rotinas alimentares e de exercício.

A equipa de investigadores britânicos da Anglia Ruskin University, que lideraram este projeto, diz que medidas de confinamento parecem estar a contribuir para um aumento nos sintomas relacionados com transtornos alimentares, como bulimia e anorexia.

“Não podemos dizer com certeza que COVID-19 é responsável por esse aumento no comportamento associado a transtornos alimentares. No entanto, sabemos que as pessoas costumam usar alimentos como um mecanismo de debelação do stress”, afirmou o coordenador do estudo Mike Trott, num comunicado universitário. “Se futuros confinamentos ou períodos de quarentena forçados forem necessários, os profissionais que trabalham com pessoas com suspeita de distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia, devem monitorar esses comportamentos de perto”, alertou o especialista.

Mas nem tudo foram más notícias, pois o estudo concluiu que houve um aumento da prática de exercício físico de forma individual, mais em casa ou menos dependente de estruturas para o efeito. Os investigadores concluíram que a média passou de 6,5 horas de exercícios por semana, em 2019, para 7,5 horas, em 2020.