Coca-Cola quer reduzir em 12% o açúcar nas bebidas do grupo até 2020 951


31 de outubro de 2017

O grupo Coca-Cola quer reduzir até 2020 12% do nível de açúcar na oferta de bebidas que detém, sobretudo através da introdução de novas bebidas ou do crescimento das bebidas light e com zero açúcares, foi hoje divulgado.

Numa apresentação da nova estratégia, o diretor de Nutrição e Saúde da Coca-Cola Ibéria, Rafael Urrialde, disse que o objetivo do grupo é até 2020 reduzir 12% o teor de açúcar por litro na oferta total de bebidas em Portugal, que é composta por mais de 100 referências, incluindo as marcas Coca-Cola, Fanta, Powerade e Nestea, das quais 28 são sem açúcar adicionado, incluindo uma água.

Nos últimos 16 anos, referiu, a Coca-Cola em Portugal conseguiu reduzir em 23% o nível de açúcar ou calorias por litro do total de vendas das bebidas da companhia.

Será também através da «introdução de novas bebidas sem açúcar ou do crescimento de bebidas [sem açúcar] que já existem» que essa redução de 12% acontecerá, disse à agência “Lusa” o diretor de Relações Externas da Coca-Cola Portugal, Tiago Lima.

De acordo com os números divulgados hoje, as bebidas sem açúcar no portefólio total da Coca-Cola em Portugal representaram 21% do total de vendas (incluindo a água) em setembro deste ano, sendo que as variedades Coca-Cola light e Zero representaram 28% do total das vendas da marca Coca-Cola.

Questionado sobre se esta decisão é influenciada pela introdução, em fevereiro deste ano, de um novo imposto sobre o nível de açúcar nas bebidas, Tiago Lima disse que não foi determinante, mas que a nova taxa ajuda.

«Eu acho que o imposto contribuiu para darmos um passo em frente e esta visão que estamos a ter ajuda-nos a trabalhar num mercado, sabendo que o novo imposto é uma realidade, mas cabe-nos a nós, indústria, adaptar à realidade de cada mercado e é assim que encaramos», afirmou o responsável da Coca-Cola Portugal.

Ainda assim, recordou, esta visão foi apresentada a nível mundial em abril deste ano: «Quando estamos em 200 países não é uma realidade igual para todos os mercados – há uns que não têm o imposto e outros têm, como o mercado português».