O XXIII Congresso de Nutrição e Alimentação (CNA 2024), da responsabilidade da Associação Portuguesa de Nutrição (APN), começou na manhã desta quinta-feira no Centro de Congressos de Lisboa.
Na sessão de abertura, Célia Craveiro, presidente da APN, reforçou “um tema audaz” – a inclusão – como foco privilegiado para dois dias de atualização de conhecimentos e consciencialização de uma classe profissional imprescindível a um acolhimento nutricionalmente correto dos cidadãos que fazem de Portugal a sua casa.
Num cenário mundial marcado por “instabilidade, conflitos bélicos, questões económicas e comprometimento no acesso à alimentação”, o papel do nutricionista revela-se importante. “Podemos todos fazer parte da solução”, reforçou a também responsável pela Comissão Organizadora do CNA 2024.
Por sua vez, Nuno Borges, a cara da Comissão Científica deste evento, revelou à audiência que “o tema da inclusão, quando foi lançado para cima da mesa, suscitou logo uma adesão geral” por parte da equipa que estipula e organiza os temas a debater no Congresso. “Os cientistas não são vaidosos”, acrescentou, para fundamentar, contudo, que estes momentos representam um palco onde os holofotes valem a pena.
Perante a plateia, ao lado de representantes da ASAE, da Direção-Geral do Consumidor e da Direção-Geral da Alimentação e Veterinária, a Nutricionista do Ano dos Prémios VIVER SAUDÁVEL 2023 e diretora do Plano Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, Maria João Gregório, apontou a relevância dos temas abordados nesta iniciativa.
“A defesa da Saúde pública será tão mais forte, quanto maior for o apoio das associações para a tomada de decisões com base na melhor evidência”, apontou, ao destacar “inclusão” como a palavra-chave de todo o CNA 2024. A nutricionista pediu aos colegas que sejam a cara de “uma intervenção adequada” e lembrou que o “crescente número de imigrantes no nosso país deve obrigar a uma atualização constante por parte dos profissionais de saúde”.