01 de Dezembro de 2015 Um investigador português desenvolveu um pequeno sensor que ao ser colocado nas embalagens permite avaliar a qualidade e o estado de conservação dos alimentos. «É como se fosse um selo de correio, com moléculas muito pequenas que se tornam sensores e reagem a variações de temperatura, exposição à luz e à humidade, assim como a outras propriedades dos alimentos», avançou hoje à agência “Lusa” Tiago Cunha Reis, investigador do programa doutoral MIT Portugal. Este mecanismo tem a capacidade de reter informação sobre a qualidade do produto através da leitura destas variáveis, mas também de registar esses dados, o que permite que estas informações sejam consultadas a partir de um um telemóvel, com uma aplicação mobile também já desenvolvida, como especificou Tiago Cunha Reis. Na ida para o supermercado ou à praça, é possível verificar o estado dos alimentos no frigorífico, contribuindo para compras racionais e para a redução do desperdício alimentar. «Em qualquer momento e em qualquer lugar sei qual o produto que tenho e qual o seu estado de conservação», resumiu o investigador que já apresentou o seu trabalho no MIT, nos EUA. A análise do sensor, relatou, vai além da informação do prazo de validade do alimento, ao ter em conta «todas as variáveis que atuaram sobre o produto, desde o seu ciclo de produção, distribuição e consumo, e faz um cálculo que reflete o seu estado» de conservação, através de uma percentagem de zero a 100 em que 100 é o melhor. Este produto que «já está completamente construído» e prevê-se a sua entrada no mercado ainda em dezembro. |