Um estudo da Comissão Europeia, revelou que cerca de 17% das ervas e especiarias comercializadas na Europa são adulteradas, sendo a cadeia de distribuição dos orégãos aquela que se mostra mais vulnerável.
Esta avaliação foi realizada em 23 países e foram analisadas 1885 amostras, naquela que foi a maior investigação realizada até à data sobre a autenticidade deste tipo de alimentos.
O estudo mostrou que 17% das ervas e especiarias analisadas eram suspeitas de estarem adulteradas. A cadeia de abastecimento dos orégãos foi a que se encontrou mais vulnerável, com mais de metade das amostras adulteradas, principalmente com folhas de oliveira.
Detetou-se também amostras adulteradas em 17% das amostras de pimenta, 14% de cominhos, 11% de curcuma, 11% de açafrão e 6% de colorau/pimentão.
Entre as manipulações mais comuns encontraram-se: ingredientes, aditivos, corantes ou qualquer outro constituinte não aprovado para uso em alimentos e/ou ervas e especiarias; especiarias ou ervas que tiveram qualquer constituinte valioso omitido ou removido que induza o cliente em erro (por exemplo, especiarias e ervas gastas e parcialmente gastas, material sem óleo, material sem gordura); uma parte diferente da mesma planta botânica, em vez daquela declarada de forma que isso possa enganar o cliente; quantidades tecnicamente evitáveis de partes de outras plantas botânicas além da declarada.
A maioria das amostras suspeitas identificadas pelo estudo continha material vegetal não declarado. Em 2% das amostras de especiarias analisadas foram detetados corantes não autorizados. Uma amostra continha um alto nível de cromato de chumbo.
Na sequência deste estudo, a Comissão Europeia publicou os resultados do primeiro plano coordenado de controlo da autenticidade de ervas e especiarias lançado pela Direcção-Geral da Saúde e Segurança Alimentar. Foi realizado por 21 Estados-Membros da UE, Suíça e Noruega, com o apoio técnico do Centro Comum de Investigação, que realizou cerca de 10.000 análises.