Preços do peixe e da carne aumentaram mais de 17% desde fevereiro. O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 28 de setembro e 5 de agosto, o segundo valor mais alto desde 23 de fevereiro e o mais elevado em dois meses, passando a custar 210,83 euros.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 27,20 euros mais caro do que em fevereiro, aquando do início da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro. A Deco destaca o preço do peixe, que aumentou 18,99% desde fevereiro, e da carne, que aumentou 17,6%. “Abastecer a despensa de bens alimentares essenciais já custa mais de 210 euros às famílias. A carne e o peixe são as categorias alimentares com os maiores aumentos de preços desde o início da guerra”, explica.
A polpa de tomate (mais 9%), a curgete (8%), o esparguete (7%) e a cebola (7%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. No entanto, de 23 de fevereiro a 5 de outubro, o destaque vai para o peixe e a carne. As frutas e legumes fecham o pódio, com um incremento de 15,56%, seguidas pelos laticínios e os produtos de mercearia.