Cabaz de alimentos de primeira necessidade aumenta mais de 6 euros em 7 dias e bate recorde 1220

O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 23 e 30 de novembro, o seu valor mais alto desde 23 de fevereiro. Em sete dias, teve uma subida de 6,47 euros (3,05%), passando a custar 219,22 euros.

A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.

Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 35,59 euros mais caro do que em fevereiroaquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A Deco destaca o preço do peixe e dos laticínios que, entre 23 de fevereiro e 30 de novembro, registaram subidas de 22,23% e 21,24%, respetivamente. A carne (20,62%) e os congelados (19,92%) têm também subidas consideráveis.

Os arroz carolino (mais 33%), a pescada fresca (19%), o peixe-espada-preto (15%) e o carapau (14%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. Já relativamente a produtos desde 23 de fevereiro, é novamente a pescada fresca a dominar, com mais 78%. Segue-se o arroz carolino (53%) e o açúcar branco (49%).

A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.