O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou uma subida de mais de 10,66% num período de cem dias, que marcam o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a 24 de fevereiro.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 19,57 euros mais caro do que em fevereiro. E apenas relativamente à análise anterior, afeta aos dias 8 a 15 de junho, a subida foi de 0,95%, ou seja, mais de 1,91 euros. “Esta análise tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra”, diz a Deco.
A pescada fresca (mais 17%), o arroz carolino (9%), as ervilhas ultracongeladas (8%) e o robalo (6%) fazem parte parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. No entanto, de 23 de fevereiro a 15 de junho, o destaque vai para o óleo alimentar, com um incremento percentual de 50%. A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.