BebéVida adere ao apelo da Cord Blood Association para apoiar colaboradores de bancos de criopreservação na Ucrânia 592

Na sequência do apelo feito pela Cord Blood Association (CBA) para ajudar os colaboradores de dois bancos de tecidos e células estaminais sediados em Kiev, na Ucrânia, o laboratório de criopreservação português BebéVida vai contribuir, doando 10€ por cada adesão ao seu serviço de criopreservação até ao final do mês de março.

Na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, dois bancos de células estaminais membros da CBA sediados na capital da Ucrânia recentemente pediram apoio através da associação para proteção das instalações e das pessoas que nelas trabalham por se encontrarem em perigo.

O pedido de ajuda foi publicado no website do CBA, onde se podem ler variadas mensagens e relatos de representantes de bancos de criopreservação na Ucrânia. “O grupo Hemafund emprega mais de 150 especialistas altamente qualificados, a maioria mulheres com famílias e filhos”, disse Yaroslav Issakov, porta-voz do banco, referindo que “a guerra destruiu as suas vidas e roubou a paz dos seus filhos”. Yaroslav mencionou que “a nossa segurança foi reforçada e o pessoal que podemos proteger está alojado nos locais o mais seguros possível”.

Questionado sobre a forma como os membros da comunidade do sangue do cordão umbilical podem dar resposta à crise humanitária, Yaroslav respondeu “apoio financeiro”, explicando que “iniciámos o Bank of Life Charitable Fund usando-o para assistência direcionada às famílias dos nossos colegas que estão em fuga, bem como àqueles que permaneceram na Ucrânia e estão ativamente envolvidos na defesa de nossa terra”. “Precisamos desesperadamente de doações dos nossos amigos e colaboradores profissionais”, rematando “imploramos, não nos abandonem agora.”

No apelo partilhado pela CBA, um representante do Instituto de Terapia Celular, relata que, nestes tempos difíceis, os seus colaboradores estão a fazer tudo o que é possível para entregar e processar o biomaterial, assim como manter o armazenamento de criopreservação. “O crioarmazenamento está estrategicamente localizado na base da maternidade. A eletricidade é fornecida por uma linha separada e é independente. Temos uma reserva de nitrogênio para quatro meses”, explica acrescentando que “alguns clientes estão a tentar levar o seu biomaterial armazenado para o exterior e também ajudamos nesse processo”, disse.

Sensibilizada pelo apelo chegado da Ucrânia, a BebéVida, banco português de tecidos e células estaminais, decidiu apoiar a causa. “Numa altura tão delicada como esta, sentimos que não podíamos ficar indiferentes. Sentimos que tínhamos o dever de ajudar os nossos colegas de um país que necessita tanto do nosso apoio”, afirmou Luís Melo, administrador do laboratório. Assim, por cada adesão à criopreservação deste banco, registada até ao final de março, 10€ reverterão na totalidade para o fundo.

Passadas três semanas desde o início da invasão russa à Ucrânia, mais de 3 milhões de ucranianos fugiram do país, segundo a agência de refugiados das Nações Unidas.