“Alimentação Escolar – Responsabilidade Partilhada” foi o título escolhido pela Ordem dos Nutricionistas (ON) para o seu evento online, organizado para assinalar o Dia da Criança. Esta responsabilidade como, especificou a bastonária, Alexandra Bento, é partilhada entre várias instituições como o Ministério da Educação, as próprias escolas, os municípios, as empresas de restauração coletiva, mas também com os sistemas de saúde, em particular o Serviço Nacional de Saúde (SNS). É ainda partilhada com os nutricionistas “que já estão, mas que é pretendido que estejam com maior expressão nas empresas de restauração coletiva, no SNS, nas autarquias e num futuro muito próximo nas escolas públicas portuguesas».
Os desafios
Esta partilha de responsabilidades, para Maria João Gregório, diretora do Programa Nacional para a Alimentação Saudável da Direcção-Geral da Saúde (PNPAS), é um dos desafios da alimentação escolar. “O trabalho em articulação é um desafio, sendo a alimentação em contexto escolar o resultado de um conjunto de responsabilidades e de competências partilhadas entre diferentes estruturas”, reforçou, explicando que “esta partilha de responsabilidades e competências requer um trabalho em articulação exigente”.
Mas, para a responsável, este não é o único desafio. Argumentando que “ao longo dos últimos anos tem-se tentado implementar medidas para promover e educar para a alimentação saudável em contexto escolar”, assim como criar ambientes que “estimulem as competências das crianças e jovens para fazerem escolhas alimentares mais saudáveis”, a diretora do PNPAS admitiu que “a existência de políticas públicas de âmbito nacional não garante por si só a sua implementação no terreno, daí existirem desafios sérios ao nível da implementação de algumas dessas políticas”.
Maria João Gregório salientou ainda a necessidade “de existir uma oferta alimentar saudável e, ao mesmo tempo, apelativa para as crianças”. “Se a alimentação saudável for aborrecida, seguramente que estamos a falhar na nossa missão”, finalizou.
