Bárbara Beleza: “Não usamos o passado para destruir o futuro” 1753

À margem do segundo e último debate promovido pela Comissão Eleitoral da Ordem dos Nutricionistas (ON), a candidata a bastonária Bárbara Beleza fez, em declarações à Viver Saudável, um balanço dos dois momentos de argumentação com Liliana Sousa.

Para a docente na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, trataram-se de dois debates com “características completamente diferentes”. Se num primeiro momento, no Porto, a discussão foi “mais abrangente, de discussão lata da nossa equipa e programa”, no segundo encontro, em Lisboa, foi “mais articulada e concreta”. “Consegui efetivar uma mensagem sobre o futuro da nossa profissão, sobre a cautela que temos e o pensamento e a reflexão que tivemos para chegar a esta fase”, explicou a nutricionista.

Não foi fácil erguer um projeto onde “toda a equipa foi pensada de forma articulada e sólida”. No entanto, o trabalho traduziu-se numa composição com “colegas mais jovens, outros mais experientes, com experiência associativa e provas dadas na Nutrição em diferentes áreas de atuação”. Tanto a Lista A, como o seu Programa de Ação, revelam “quem está verdadeiramente empenhado em contruir futuro, em construir uma profissão sustentável”. Ou seja, mostra quem “vai contribuir para valorizar a profissão e o bem-estar dos cidadãos”.

Uma coisa garante ter sido comum aos dois debates: “mostrámos que estamos preparados, que temos argumentos válidos, muito coerentes, sólidos e sustentados na experiência profissional”. “Não usamos o passado para destruir o futuro, desconstruir uma Ordem Profissional não é o nosso objetivo”, continuou, para explicar que pretende contribuir para a construção da ON e da profissão.

“É importante conhecer para se poder falar”

Aquando do debate em Lisboa, o papel do Conselho Geral da ON, presidido por Bárbara Beleza, foi questionado relativamente ao Ato do Nutricionista e à Revisão Estatutária. “É importante conhecer para de facto se poder falar com propriedade”, referiu a candidata, para esclarecer que “as questões do Ato foram amplamente discutidas em Conselho Geral”, e que a Revisão Estatutária “teve a sua oportunidade”.

Acabaria por ser a própria Direção ON a abrir este processo de consulta, num “momento posterior à tentativa de agendamento de uma reunião de Conselho Geral”. Relativamente às prioridades do órgão, insistiu terem sido explorados “o melhor acesso, mais dignidade e maior proximidade aos membros”.