O Banco de Leite Humano da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, alimentou cerca de 3.500 bebés prematuros em 15 anos, resultante da colaboração de 550 mulheres que doaram o excedente da alimentação dos seus filhos.
No Dia Mundial de Doação de Leite Humano, que se celebrou no domingo (19), a Unidade Local de Saúde (ULS) de São José, da qual faz parte a MAC, refere que o Banco de Leite Humano da Maternidade Alfredo da Costa, criado em 2009, “já alimentou aproximadamente 3.500 prematuros com um total de 4.900 litros de leite, resultantes da colaboração de 550 dadoras benévolas que se dispuseram a doar o excedente da alimentação dos seus filhos”, cita a Lusa.
Segundo a ULS de São José, o leite, depois de analisado e tratado, foi oferecido aos bebés prematuros internados na Maternidade Alfredo da Costa, Hospital Dona Estefânia, Hospital Santa Marta, Hospital Dr. Fernando da Fonseca e Hospital de Cascais.
Aquela instituição avança que o Banco de Leite Humano apoiou, no ano passado, 83 dadoras, com a doação de 578 litros de leite, que beneficiaram cerca de 180 recém-nascidos.
A ULS de São José refere que as parcerias com os Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente com o ACES Lisboa Ocidental e Oeiras desde 2017 e a USF Restelo desde 2023 (estruturas agora pertencentes à ULS de Lisboa Ocidental), “permitiram solidificar e descentralizar o processo, com a inclusão de dadoras numa área geográfica mais alargada e de maior proximidade à comunidade”.
Aquela unidade hospital realça que a utilização de leite humano permite melhorar a tolerância alimentar dos bebés, com redução de complicações intestinais, infeções sistémicas e mortes, além de serem “reconhecidos também benefícios de saúde até à vida adulta, com melhor desenvolvimento neurológico, cognitivo, prevenção de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e imuno-alergológicas”.
No Dia Mundial de Doação de Leite Humano, a equipa do Banco de Leite Humano “agradece a todas as dadoras que ao longo dos últimos 15 anos partilharam o seu leite” e apela à dádiva de novas dadoras que, com “o seu gesto, asseguram a saúde de outros recém-nascidos, impossibilitados de serem amamentados pelas suas mães”.
A ULS de São José refere ainda que no Banco de Leite Humano desenvolvem-se ações de promoção do aleitamento materno, formação de profissionais, recrutamento e apoio a dadoras, receção, análise e tratamento de leite humano, bem como o seu armazenamento e distribuição pelos recetores.