No dia em que se assinala o Dia da Anemia, a Anemia Working Group Portugal (AWGP) alerta que a deficiência de ferro afeta cerca de 32% dos portugueses, e apela à urgência da implementação de programas gestão do sangue do doente.
Em Portugal, estima-se que cerca de 32% dos portugueses adultos sofrem de ferropénia e 20% de anemia.
Os principais sintomas desta deficiência de ferro são a fadiga, a perda de cabelo e unhas quebradiças.
O maior grupo de risco são as mulheres em idade fértil, que pelas perdas hemáticas mensais, perdem ferro, sendo necessário a sua reposição. Doentes com insuficiência cardíaca, insuficiência renal, grávidas e doentes oncológicos são também outros grupos de risco.
A ferropénia e a anemia são diferentes, ainda que partilhem uma ligação. A ferropénia é a diminuição do ferro disponível no nosso organismo, para integrar a hemoglobina. Reduzida a hemoglobina nos glóbulos vermelhos, estamos perante a existência de anemia.
A ferropénia está associada à sensação de fadiga, de fraqueza, de dificuldade de concentração, por vezes pode ser confundida com estado depressivo. Na gravidez, está associada ao parto pré-termo, ao baixo peso ao nascer e a maior mortalidade peri-natal. Está também associada ao agravamento da condição clínica dos doentes com insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença oncológica.
A AWGP defende que, apesar de já existirem, no nosso país, programas a decorrer, “há ainda muito para fazer, sobretudo consciencializar, de forma eficaz, todos os atores envolvidos (onde se incluem os profissionais de saúde) para a necessidade de implementar o Patient Blood Management (PBM)”.