Auditoria ao SNS24: “É muito urgente conhecer os resultados” 99

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde disse hoje ser “muito urgente” conhecer os resultados da auditoria à Linha SNS24 para corrigir situações de demora no atendimento ou encaminhamento errado dos utentes.

“É muito urgente saber o que se passou para resolver, para não se repetir”, afirmou António Gandra de Almeida, em declarações aos jornalistas, prometendo que as auditorias serão rápidas.

Na quinta-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse estar em curso uma auditoria interna para aferir o que correu mal, nomeadamente num caso ocorrido em Torres Vedras de uma criança encaminhada para uma urgência que estava fechada, divulgado pela SIC, ou de queixas de utentes em Loures, divulgados pela RTP, de que na manhã de quinta tinham estado uma hora a ligar para a linha SNS24 sem sucesso.

Hoje em Baião, no distrito do Porto, onde inaugurou as obras realizadas na extensão de Saúde de Santa Marinha do Zêzere, o diretor executivo do SNS, referindo-se àqueles casos, admitiu que “algo correu mal”, frisando ser necessário “encontrar a solução para que não se repitam”, cita a Lusa.

“Para isso, precisamos da conclusão do que se passou”, acentuou, indicando não ter ainda conhecimento dos resultados da auditoria interna anunciada pela ministra.

“É claro que estamos a procurar saber o que correu menos bem para corrigir e melhorar o que existe”, reafirmou, lamentando os episódios noticiados pelos órgãos de comunicação social.

“É de lamentar”

“É de lamentar que tenha acontecido. Foi uma infeliz circunstância que aconteceu”, comentou, considerando que se tratou de “um caso esporádico, tendo em conta as dezenas de milhares de chamadas que o SNS24 atende”.

“Estamos em contacto com as ULS (unidades locais de saúde) e com o SNS24 para tentar que estes percalços não aconteçam”, insistiu, referindo que, nesta altura do ano, com as infeções respiratórias, é normal haver picos na afluência aos serviços de saúde.

“Nós tentamos sempre reforçar os meios existentes, nomeadamente a linha, com as pessoas que encontramos, às quais é preciso dar formação, o que leva o seu tempo, e dar capacidade de resposta. Os picos são sempre uma situação muito difícil. As situações de exceção hão de existir sempre, temos é que minimizar o impacto das mesmas”, defendeu.

António Gandra d’ Almeida referiu que este ano, ao nível da resposta nos serviços de urgência, tem havido “uma resposta mais robusta do que em períodos interiores”, mas admitiu haver ainda “um caminho a andar”.

“Gostaríamos de continuar a fazer este caminho, de continuar a capacitar o SNS de uma resposta eficaz e robusta à população”, concluiu.