A Associação Portuguesa de Doentes com Parkinson (APDPk) vai assinalar o Dia Mundial da Doença de Parkinson (11 de abril) com duas sessões online que têm como objetivo responder às principais dúvidas de quem lida com esta doença e se realizam nos próximos dias 11 e 23 de abril, às 14h30 (https://videoconf-colibri.zoom.us/j/85054160731) e 10h, respetivamente. A APDPk vai ainda lançar uma brochura na qual responde às principais questões sobre a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS).
“As questões relacionadas com esta doença são recorrentes e nós, enquanto associação, queremos dar o maior e melhor apoio possível. Optámos por manter o modelo online, que tem registado uma boa adesão, para a sessão que assinala o dia 11 de abril, mas a verdade é que queremos a pouco e pouco voltar ao modelo presencial. Como tal, a sessão de dia 23 será presencial”, anuncia Ana Botas, presidente da APDPk.
“A Doença de Parkinson e os Parkinsonismos” é o mote da sessão de perguntas e respostas que será realizada no dia 11 de abril, às 14h30, e que conta com a participação das neurologistas Maria José Rosas e Carolina Soares e a moderação de João Casaca, vice-presidente da APDPk. No dia 23 de abril, às 10h, será ainda realizada uma sessão presencial no Porto, junto ao Antigo Jardim da Arca D’Água, que conta com o apoio da Escola Superior de Saúde da Universidade Fernando Pessoa. A sessão contará com vários especialistas da área da neurologia e fisioterapia.
A propósito da efeméride, a associação elaborou ainda, com o apoio científico da SPDMov e o apoio da Medtronic, uma brochura que será distribuída dentro do circuito hospitalar a pessoas que serão submetidas à cirurgia DBS. Este é um tratamento cirúrgico com enorme eficácia que pode ajudar a controlar os sintomas de distúrbio do movimento e proporciona uma melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes. É geralmente utilizado para tratar pessoas com doença avançada e cujos sintomas já não são controláveis através da medicação.
“Queremos que as pessoas se sintam acompanhadas durante todo o processo de tratamento, sendo que o objetivo não é substituir a informação e ajuda dada pelos especialistas, mas sim dar-nos a conhecer e prestar um apoio que pode continuar a existir depois do procedimento”, acrescenta Ana Botas.
A doença de Parkinson afeta cerca de 20 mil portugueses, sendo a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer. É um distúrbio neurológico do movimento, progressivo e degenerativo. Embora seja muito mais comum em pessoas acima de 60 anos, o número de pessoas mais jovens diagnosticadas com a doença tem vindo a aumentar.