04 de Janeiro de 2016 A Associação de Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) faz um «balanço positivo» de 10 anos de atividade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e espera que a entidade «continue a fazer o seu trabalho como até agora». «Da nossa perspetiva, o balanço que nós temos feito com a ASAE é um balanço positivo», afirmou à “Lusa” a responsável pela qualidade da AHRESP, Susana Leitão, a propósito dos 10 anos de atividade daquele órgão fiscalizador. «Inicialmente, quando entrou em funcionamento, as coisas não correram como nós desejaríamos», isto porque os responsáveis da ASAE «entraram um bocadinho com uma postura muito agressiva e muito mediática, que assustou um pouco as empresas do setor», explicou Susana Leitão. «Agora, passados 10 anos, a postura tem sido ligeiramente diferente, continuam a fazer as suas inspeções, mas de uma maneira mais pacífica e muito menos mediática», acrescentou a responsável da associação que representa a restauração. «Quando a ASAE entrou em funcionamento nós tínhamos várias entidades que fiscalizavam as empresas do setor», sendo que a AHRESP tinha vindo a defender «há longos anos» que «houvesse uma única entidade que concentrasse as várias ações de inspeção e isso foi conseguido com a ASAE», apontou Susana Leitão. «Deixámos de ter várias entidades a entrar pelos nossos estabelecimentos a dentro a solicitarem questões diferentes. Com a ASAE isto foi, de facto, melhorado», considerou. A responsável pela qualidade da AHRESP sublinhou que com a criação da ASAE passou a haver «uma entidade essencialmente a fazer a inspeção com critérios que eram uniformes e razoáveis». Susana Leitão destacou ainda o trabalho que a Associação de Restauração e Similares de Portugal fez em conjunto com a ASAE. «Desde o início que começámos a trabalhar com a ASAE na elaboração de fichas técnicas de fiscalização, documentos que os inspetores da ASAE utilizam quando vão aos nossos estabelecimentos», explicou, adiantando que a associação divulgou essa informação junto das empresas do setor e que ao longo dos tempos as empresas foram se adaptando a isso. «O que nós pretendemos, que é o que nós temos feito, é que a ASAE continue a fazer o seu trabalho como até agora: que seja um trabalho sensível àquilo que são as dificuldades que o setor apresenta porque para nós também é importante que haja uma ASAE organizada para que haja uma fiscalização no setor» e também para que exista «uma concorrência sã e leal entre as próprias empresas», concluiu. |