7 de março de 2018 O inspetor-geral da ASAE considerou hoje que este organismo tem de deixar de ser visto como a entidade «do café da esquina e da feira», existindo atualmente outras realidades, como a segurança alimentar, comércio eletrónico e branqueamento de capitais. «A ASAE tem que deixar de ser vista como aquela entidade do café da esquina e da feira, isto é, essa atuação teve o seu tempo e tem naturalmente ainda o seu momento, mas naturalmente que a preocupação» é a segurança alimentar e a parte económica, disse Pedro Portugal Gaspar na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde foi ouvido a pedido do PSD. O inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica adiantou que a segurança alimentar é sempre a matéria que gera maior «preocupação de alarme social», sendo, por isso, que a ASAE tem feito «uma intervenção a montante e não só no retalho e merecido «vários momentos de intervenção operacional». Em relação à segurança alimentar, o inspetor defendeu que a «ASAE deve estar em toda a cadeia», desde a produção, passando pela distribuição e transporte até ao retalho. Pedro Portugal Gaspar sublinhou que «há de facto uma dinâmica adicional e outras realidades», como é o caso do comércio online, estando a ASAE atenta a esta preocupação e com um «esforço operacional» nesse sentido. Segundo o inspetor-geral da ASAE, cerca de 10% do esforço operacional da ASAE em 2017 foi feito no âmbito do comercio eletrónico. «Há a economia digital e os consumidores optam cada vez mais por essa forma de transação. A ASAE tem estado a essa altura», disse, dando como exemplos a contrafação e venda de bilhetes para jogos de futebol e espetáculos musicais feita através da internet. No entanto, Pedro Portugal Gaspar admitiu dificuldades na fiscalização e acompanhamento do desafio do comércio digital, tal como existe em outros países europeus. O mesmo responsável avançou também aos deputados que outro novo desafio para a ASAE passa pela sua intervenção no branqueamento de capitais. O PSD chamou o inspetor-geral da ASAE ao parlamento depois da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE ter denunciado a falta de meios humanos e materiais que colocam em causa o funcionamento deste organismo, preocupação que foi partilhada por todos os deputados. |