Um chef espanhol, Ángel León, descobriu, juntamente com a sua equipa, cereais marinhos.
Este cereal marinho é uma semente ou grão muito mais denso do que outros cereais e também muito mais nutritivo, entre o arroz e as leguminosas.
A ideia deste chef espanhol foi criar um banco de sementes para repovoar áreas húmidas costeiras, desenvolvendo também sistemas de plantio e colheita que se adaptem ao ambiente marinho.
A cultura experimental ocupa cerca de três mil metros quadrados do Parque Natural da Bahia de Cádiz, próximo ao município de Puerto Real.
O cultivo deste cereal pretende investigar este cereal marinho, e restaurar os ecossistemas aquáticos. A ideia é criar um “jardim marinho” que permita produzir um alimento barato e nutritivo em áreas do planeta onde o acesso a água doce é escasso e ainda há água salgada.
Num estudo comparativo com outros cinco cereais (arroz, cevada, trigo, aveia e milho), foram detetadas mais proteínas de alta qualidade, hidratos de carbono e vitaminas A e E do que qualquer outro tipo de cereais, bem como elevadas concentrações de vitaminas B, ácidos gordos essenciais, ómegas 3 e 6 e aminoácidos que não existem noutros cereais comuns, o que o torna um “superalimento com qualidades excecionais para uma alimentação saudável”.