“Arroz dourado” pode ser a solução para a deficiência de Vitamina A 2412

Um estudo, recentemente publicado na Academy of Sciences of the United States of America, defende o consumo da variedade de arroz geneticamente modificado conhecida como “arroz dourado” (Golden Rice), para a deficiência de Vitamina A.

O trabalho, denominado por “Allow Golden Rice to save lives”, é da autoria de Felicia Wu, Justus Wesseler, David Zilberman, Robert M. Russell, Chen Chen, and Adrian C. Dubock.

Os investigadores começam por indicar que “a deficiência de vitamina A (VAD, na sigla em inglês) matou milhões de crianças em países menos desenvolvidos nas últimas três décadas – cerca de 2 milhões anualmente apenas no início da década de 1990”.

A deficiência de Vitamina A, bem como a malnutrição, são problemas cada vez mais comuns, nomeadamente em áreas com elevada densidade populacional, onde a taxa de natalidade também regista valores muito elevados.

Uma das formas de combater esta situação, segundo este estudo, pode passar pela produção e introdução nos hábitos de consumo do “arroz dourado” (Golden Rice, ou GR).

O Golden Rice é um produto geneticamente modificado que pode representar uma estratégia economicamente atrativa de combate à deficiência da Vitamina A.

Em certas áreas, como o Sudeste Asiático, o arroz branco, bem como outros cereais, é facilmente encontrado no mercado (a um preço baixo) sendo a base da alimentação de muitas famílias. Contudo, este alimento não resolve os problemas de nutrição, nomeadamente a deficiência da Vitamina A.

Estudos indicam que substituir o arroz branco por arroz dourado pode fornecer “89% a 113% e 57% a 99% das necessidades de Vitamina A recomendada para crianças em idade pré-escolar, no Bangladesh e nas Filipinas, respetivamente”.

Para além do impacte na nutrição, a produção do “arroz dourado” é economicamente viável. O atual modelo de produção do arroz branco centra-se na aplicação de aditivos de Vitamina A e Zinco antes e depois da colheita, o que torna este produto 5% ou 6% mais caro.

Já a produção de “arroz dourado” não representa nenhum custo extra para os governos, produtores ou consumidores, quando comparado com o arroz convencional.

Pode consultar o estudo aqui.