A produção suinícola cresceu mais de 8% em 2020, face ao ano anterior, para 302 mil toneladas de carne, o que representa uma autossuficiência de 79%, segundo dados do INE, citados pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS).
“A contrariar a tendência dos mercados face à crise de covid-19, o setor da suinicultura portuguesa cresceu no último ano e apresenta percetivas animadoras para 2021. De acordo com os dados do INE [Instituto Nacional de Estatística], a produção suinícola nacional atingiu mais de 302 mil toneladas de carne de porco no último ano”, indicou, em comunicado, a FPAS.
Este número representou uma subida de 8,19% face a 2019, ano em que ficou abaixo das 280 mil toneladas.
Assim, o grau de autossuficiência do consumo interno ronda os cerca de 79%, acima dos 68% registados no ano anterior, o que fez recuar as importações em cerca de 11%.
No total, considerando o valor da produção e da indústria, o setor adicionou 1,2 mil milhões de euros no ano passado.
Em 2020, o valor da produção suinícola representou 8% de toda a produção agrícola portuguesa.
Segundo os dados do INE, no período em causa, o setor da produção suinícola representou, sensivelmente, 6,7% das exportações portuguesas do complexo agroalimentar, atingindo valores na ordem dos 191 milhões de euros.
Por mercado, China e Angola mantêm-se como os principais compradores, seguidos pelo Reino Unido.
Entre janeiro e setembro de 2020, as exportações de suínos vivos aumentaram 54,3% em volume e as de carne de porco cerca de 45%.
“Com a meta de atingir o mercado internacional, a aposta dos produtores nacionais continua sobretudo no mercado asiáticos, com a mira em países como o Vietname e Filipinas, cujo consumo de carne de porco é bastante elevado”, adiantou a federação.
A FPAS, que foi fundada em 1981, é uma associação sem fins lucrativos que se dedica ao estudo e acompanhamento das questões ligadas à suinicultura.