A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), assinala a Semana da Consciencialização para os Danos Relacionados com o Álcool, que decorre até dia 19 de novembro.
Para assinalar a data, a APEF decidiu emitir um comunicado a alertar que os portugueses consomem anualmente, em média, 12 litros de álcool, um dos registos mais elevados dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A nota divulgada aproveita também para chamar a atenção das consequências que advém deste consumo em termos de saúde, nomeadamente no fígado, como fígado gordo, hepatite alcoólica e cirrose hepática.
“O elevado consumo de álcool traz consequências graves em termos de saúde, nomeadamente, do fígado, e os números do estudo do SICAD também o demonstram, uma vez que indicam que, em 2019, foram registados 38.122 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 28.245 indivíduos em Portugal. O mesmo estudo refere ainda que, em 2018, morreram 2.493 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26 por cento das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado”, indica José Presa, presidente da APEF, citado na nota divulgada.
A APEF refere ainda os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2019, que indica que o consumo de álcool por parte dos jovens portugueses é elevado.
Em 2019, 84,5% dos inquiridos com 18 anos, 70,1% com 16 anos, e 37% com 14 anos, afirmou ter ingerido bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses.
O estudo demonstra ainda que o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,4 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.