APED garante que todas as empresas de distribuição cumprem lei de rotulagem 1059

28 de Dezembro de 2015

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) garantiu ontem que todas as empresas associadas cumprem «escrupulosamente» a legislação em vigor no que diz respeito à rotulagem da carne.

A garantia da APED surge depois de uma ação de protesto de suinicultores de vários pontos do país, que ontem estiveram no talho do Pingo Doce, do centro comercial Braga Parque, em Braga, para alertar a opinião pública para «a prática de terrorismo comercial que tem vindo a acontecer por parte da grande distribuição, relativamente aos produtores» de carne de suíno.

Na altura, e na sequência de uma denúncia destes mesmos suinicultores, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) recolheu várias embalagens de carne de porco das prateleiras do talho da superfície comercial.

A APED enviou um comunicado às redações onde garante que «todas» as suas associadas cumprem a legislação em vigor, entre as quais se inclui a empresa Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce.

«Todas as cadeias de distribuição associadas da APED cumprem escrupulosamente a legislação em vigor em matéria de rotulagem e informação ao consumidor, pelo que todos os produtos colocados no mercado cumprem os normativos legais», lê-se no comunicado, citado pela “Lusa”.

Por outro lado, a associação aproveitou para anunciar que vai participar na reunião agendada pelo gabinete de gestão de crise criado pelo Ministério da Agricultura, marcada para dia 4 de janeiro, com vista a encontrar soluções para o setor da suinicultura.

De acordo com a APED, durante o ano de 2015, o setor da suinicultura passou por «um período de quebra generalizada de preços em toda a União Europeia», destacando que têm vindo a baixar nas «principais bolsas» de cotação de carne de porco da União Europeia.

Sublinhou que a situação de redução de preços que se tem vindo a verificar no setor resulta de uma conjuntura europeia desfavorável, que se tem acentuado ao longo do ano.

Aproveitou também para ressalvar que a responsabilidade pela descida dos preços não é exclusiva do setor da distribuição, garantindo que este «sempre procurou apoiar os produtores e fornecedores portugueses».

«O setor dos suínos precisa de uma estratégia que promova a excelência da carne de porco nacional e a procura de novos mercados», defendeu a APED.