Numa mensagem gravada fora da residência oficial, numa recentemente inaugurada Unidade de Saúde Familiar, no Areeiro, em Lisboa, o Primeiro-ministro António Costa prometeu dar prioridade à saúde.
“Neste ano em que assinalámos o 40º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, foi mesmo da Saúde que vos quis falar. Porque, mais que celebrar o passado, o nosso dever é responder às necessidades do presente e garantir o melhor futuro para o Serviço Nacional de Saúde”, começou o primeiro-ministro.
“É esta mensagem de compromisso e confiança que vos quero deixar pessoalmente, olhos nos olhos”, avança António Costa.
António Costa aproveitou para dar”uma palavra solidária” a todos os que estão a enfrentar a doença e de expressar o seu “profundo reconhecimento a todos os prossionais que diariamente dão o seu melhor” para assegurar à população em geral os cuidados de saúde.
O Primeiro-ministro reconhece que são vários os problemas que o país vive: “estou bem ciente de que o nosso país enfrenta muitos outros desafios. No combate às alterações climáticas, à pobreza, pelo acesso à habitação, à melhoria do emprego, da educação, o fortalecimento do crescimento económico”.
“Sei bem que a Saúde é actualmente uma das principais preocupações dos portugueses e que há vários problemas para resolver no SNS. Compreendo bem a ansiedade daqueles que ainda não têm médico de família, que aguardam numa urgência ou que esperam ser chamados para um exame, uma consulta ou uma cirurgia”, sublinhou.
António Costa chegou mesmo a admitir que o trabalho realizado na legislatura anterior foi insuficiente.
“Ao longo dos últimos quatro anos recuperámos a dotação orçamental do SNS, admitimos mais 15 mil profissionais e aumentámos o número de consultas e intervenções cirúrgicas realizadas. Mas sabemos bem que não é suficiente e que temos o dever de fazer mais e melhor”, afirmou.
Sobre o Orçamento de Estado, que será discutido e aprovado entre 9 e 10 de Janeiro, o Primeiro-ministro relembra o investimento previsto.
“A proposta de Orçamento de Estado para 2020, já apresentada na Assembleia da República, contempla o maior reforço de sempre no orçamento inicial da saúde e confere maior autonomia aos hospitais para garantir uma maior eciência e responsabilidade na gestão do seu dia a dia. O programa de melhoria da resposta do SNS que aprovámos recentemente prevê ainda um conjunto de investimentos em infraestruturas e equipamentos de saúde, autoriza a contratação de mais 8400 prossionais de saúde – médicos, enfermeiros e outros prossionais – , bem como o pagamento de incentivos para a redução das listas de espera através da realização de mais cirurgias e mais consultas, incluindo ao sábado. Vamos também continuar a alargar a oferta de médico de família”, salientou o Primeiro-ministro.
Ainda em relação ao próximo ano, António Costa disse que o seu executivo vai “duplicar o ritmo de investimento em cuidados continuados, abrindo mil novas camas, das quais 200 de saúde mental”.
Para terminar, o Primeiro-ministro reforçou que o Governo pretende “já a partir de 2020, começar a eliminar faseadamente as taxas moderadoras nos cuidados de saúde primários e nos tratamentos prescritos no SNS. Estas decisões que já tomámos mostram bem a prioridade que atribuímos ao setor da saúde e sabemos que temos de dar continuidade a este esforço nos próximos anos”.