O ano de 2020 foi, entre os últimos cinco anos, o que registou a maior proporção de pessoas com morbilidade crónica (43,2%) e o maior aumento anual do indicador (2,0 pontos percentuais), invertendo dois anos de descidas sucessivas.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística, que contemplam pessoas com 16 e mais anos, têm por base um inquérito sobre o rendimento e condições de vida, que aponta para um agravamento das condições de saúde em 2020.
“A necessidade não satisfeita de consultas médicas nos 12 meses anteriores à entrevista aumentou em 2020 e afetou 3,9% da população com 16 ou mais anos, contrariando a tendência decrescente dos últimos 5 anos”, lê-se no documento divulgado pelo INE.
Apesar de 51,3% da população ter autoavaliado o seu estado de saúde como bom ou muito bom (mais 1,2 pontos percentuais (p.p) do que em 2019), a existência de doenças crónicas ou problemas de saúde prolongados aumentou em 2020, de acordo com o INE.
A prevalência de doença crónica ou de problemas de saúde prolongados (que dura ou possa vir a durar pelo menos seis meses) afetava 43,2% da população em 2020, contra 41,2% em 2019.
“Esta condição atingia mais mulheres (46,3%) do que homens (39,6%) e um maior número de pessoas idosas: 73,8%, ou seja, 2,3 vezes a população com menos de 65 anos (32,5%)”, refere-se no documento.