A Angelini Pharma, empresa farmacêutica que integra o grupo privado Angelini Industries, e a European House – Ambrosetti, um Think Tank italiano, anunciaram recentemente a publicação da segunda edição do relatório ‘Headway – A new roadmap in Brain Health: Focus Epilepsy’, no âmbito de uma parceria em curso destinada a partilhar conhecimentos, sensibilizar e promover melhorias na saúde das pessoas que vivem com epilepsia na Europa.
O relatório reflete uma atualização e análises adicionais de conclusões anteriores, fornecendo dados pan-europeus e de determinados países com o objetivo de identificar desafios e recomendar potenciais soluções para reduzir o fardo da epilepsia nos cuidados de saúde e na sociedade no seu conjunto. O relatório demonstrou a existência de uma lacuna no tratamento desta patologia na Europa, incluindo diferenças significativas no acesso ao tratamento entre países. Apesar de aproximadamente 70% das pessoas com epilepsia reagirem ao tratamento, cerca de 40% em toda a Europa – e até 90% em algumas zonas – não beneficiam dos melhores cuidados.
Verificou-se também que a diminuição da capacidade dos sistemas de saúde, a distribuição desigual dos recursos e a menor prioridade dada aos cuidados com a epilepsia, resultam em custos diretos e mais elevados para os sistemas de saúde, levando à diminuição da qualidade de vida destes doentes. Parte da iniciativa Headway em curso, em particular o projeto ‘Headway: A new roadmap for Brain Health: Focus Epilepsy’ da Angelini Pharma e da European House – Ambrosetti, compreendeu uma análise multissetorial e multidimensional de vários setores, tais como os cuidados de saúde, indústria privada, sistema académico e governo, ao mesmo tempo que reuniu perspetivas pessoais de associações de doentes, clínicos, responsáveis políticos, entre outros.
“O relatório Headway agora apresentado não só demonstra o quanto ainda há a fazer para melhorar o estado dos cuidados com a epilepsia na Europa, mas é também essencial a colaboração entre a indústria, as associações clínicas e os doentes, o meio académico e o governo para colocar a epilepsia no topo da agenda de saúde pública”, afirmou Jacopo Andreose, Diretor Executivo da Angelini Pharma. “Embora seja uma das doenças neurológicas crónicas mais comuns na Europa, apenas alguns países implementaram planos nacionais para gerir esta condição e menos ainda são os que a reconhecem como uma doença cerebral. Estamos empenhados em continuar a esclarecer o verdadeiro fardo desta doença para os doentes e os sistemas de saúde na Europa.”
“A epilepsia tem um impacto profundo nas pessoas que vivem com esta doença e a investigação mostra que a qualidade de vida vai muito além do controlo das crises, estendendo-se a quase todos os aspetos da vida quotidiana, incluindo o estigma nas interações sociais, a autoestima, a independência, a memória, o sono e a saúde mental”, afirmou Elisa Milani, Coordenadora de Projetos e Consultora da Área da Saúde na The European House – Ambrosetti. “Estamos orgulhosos do nosso trabalho com a Angelini Pharma para partilhar a plataforma Headway, e esperamos que isto incentive mais investigação e diálogo sobre os diversos impactos da epilepsia e sobre a forma como podemos dar a estes doentes uma melhor oportunidade de viver uma vida à sua medida.”
Os resultados do relatório indicam que o foco no reforço das capacidades – incluindo mais investigação clínica e económica sobre o fardo da epilepsia, o desenvolvimento de instrumentos de investigação e de métodos de recolha de dados e a criação de oportunidades de formação e orientação para as partes interessadas –, ajudaria a incentivar uma maior capacidade de resposta às necessidades de saúde e socioeconómicas das pessoas que vivem com epilepsia. Além disso, a harmonização da perspetiva das políticas e diretrizes entre países ajudaria a garantir uma abordagem europeia holística e a racionalizar a implementação do Plano de Ação Global Intersectorial para a Epilepsia e outras Doenças Neurológicas (IGAP) nesses países. A educação e a sensibilização contínuas do público em geral e dos meios de comunicação social continuam a ser um pilar fundamental para promover ambientes de trabalho, educativos e sociais mais inclusivos e sensíveis.
“Muitas das pessoas que vivem com epilepsia na Europa não estão a receber os melhores cuidados de saúde e, por conseguinte, correm um maior risco de sofrer convulsões não controladas e as inúmeras consequências associadas, incluindo a incapacidade de realizar atividades quotidianas, aparecimento de lesões e até mesmo a morte prematura em alguns casos”, afirmou a Dra. Francesca Sofia, Presidente do Gabinete Internacional de Epilepsia. “O relatório Headway, que acaba de ser divulgado, reafirma a necessidade urgente que a comunidade mais alargada da área da epilepsia colabore no sentido de um apelo comum à ação, com o objetivo de garantir que todas as pessoas que vivem com epilepsia na Europa disponham de acesso e obtenham os melhores cuidados possíveis.”
As conclusões foram partilhadas num evento realizado no Spazio Europa, em Roma, espaço público gerido pelo Gabinete do Parlamento Europeu em Itália e pela Representação da Comissão Europeia em Itália, com o objetivo de promover a partilha de conhecimentos e o debate sobre questões europeias. O evento contou com um painel multidisciplinar de peritos na área da epilepsia, dos setores académico, da defesa e dos cuidados de saúde globais.
Para saber mais sobre ‘Headway: A new roadmap for Brain Health: Focus Epilepsy’ ou para descarregar o relatório completo, visite: https://healthcare.ambrosetti.eu/it/incontri/view/12509