Americanos fazem estudo sobre animais nas saladas embaladas 1384

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Illinois foi recentemente publicado na revista “Science of the Total Environment” sobre quantos casos de animais se encontraram em saladas, desde 2003, altura em que um cliente descobriu a cabeça de um lagarto numa salada embalada.

Este é o primeiro estudo realizado neste sentido, numa altura em que as saladas pré-embaladas estão em rápido crescimento na indústria.

O estudo concluiu que foram 40 os casos documentados de animais encontrados em saladas pré-embaladas, sendo que 95% desses incidentes ocorreram desde 2008.

Uma média de 3,8 incidentes tem sido relatados a cada ano desde 2008, com 2013 registando um recorde de cinco casos.

Rãs, lagartos, cobras, morcegos e pássaros, vivos e não vivos, foram encontrados em vários produtos de pré-embalados ou em saladas prontas compradas em lojas.

Incidentes relatados incluem uma mulher que encontrou um sapo vivo numa salada num restaurante, uma mulher que encontrou um sapo vivo numa salada pré-embalada e uma mulher na Flórida que encontrou também ela um sapo vivo numa salada pré comprada. Foram no total nove os sapos encontrados vivos.

Os anfíbios foram de longe a classe mais comum de animais encontrados, perfazendo 52,5% dos animais descobertos. As aves representavam aproximadamente 7,5% dos casos.

Apesar da investigação indicar somente 40 casos divulgados, o estudo indica que o número real de casos é mais alto pois muitos casos não foram reportados.

Relativamente à pergunta de “Como é que esses animais foram parar às saladas?”, o estudo não tem uma resposta definitiva, mas sugere que que as colheitas e selecão de vegetais ser mecânica e não manual potencia este tipo de situação.

Para este estudo, a presença de animais nos produtos pré-embalados pode ser vista como “uma crise de segurança alimentar ou uma queixa contra a qualidade dos alimentos”, pois esses animais podem disseminar doenças.

Tendo em conta esta situação, esta investigação apela para a vigilância da indústria alimentar de modo a “reduzir o potencial risco de saúde para os seus consumidores e consequências económicas negativas para eles próprios”.

Para os investigadores, este estudo é um novo terreno para as ciências. Pesquisar animais em embalagens representa “uma questão não reconhecida no atual sistema de produção centralizada de produção nos Estados Unidos e talvez para os países desenvolvidos em geral”.