Alimentos ultraprocessados podem aumentar risco de cancro 960

 

 

15 de fevereiro de 2018

O consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, cereais ou bolos industriais, pode aumentar o risco de cancro.

De acordo com um estudo da Universidade francesa de Sorbonne e da Universidade de São Paulo, no Brasil, publicado hoje no British Medical Journal, e citado pela “Lusa”, este tipo de alimento representa 50% do consumo da dieta de uma pessoa. em alguns países desenvolvidos.

Os investigadores observaram um acréscimo de 10% no consumo de alimentos altamente processados, que foi associado a um aumento de 12% no risco de cancro, especialmente no da mama no caso das mulheres.

As conclusões basearam-se numa sondagem a 104.980 adultos franceses saudáveis, com idade média de 43 anos, que foram analisados pelo consumo de até 3.300 diferentes tipos de alimentos. Os alimentos foram agrupados de acordo com o nível em que foram processados e os adultos foram convidados a indicar se, em qualquer momento, tinham sido diagnosticados com cancro.

Os investigadores também levaram em consideração fatores de risco como idade, género ou se eram fumadores e tinham história familiar de cancro.

Embora tenha sido encontrada uma associação entre alimentos processados e cancro, não houve vínculo significativo no caso de alimentos menos processados, como legumes enlatados, queijos ou pão fresco.

Já o consumo de alimentos frescos e minimamente processados, como vegetais, frutas, arroz, massas ou carne fresca, foi associado a um menor risco geral de cancro, segundo os especialistas. Que ressalvam, no entanto, que o estudo em questão é apenas de observação e não há conclusões definitivas sobre o vínculo entre os alimentos analisados e o cancro.