De acordo com Manuela Nogueira, vogal da Direção da Ordem dos Nutricionistas (ON), “a grande maioria” dos chamados alimentos funcionais “não resulta no benefício que promete”.
No habitual espaço de opinião da ON na revista VIVER SAUDÁVEL (VS), com cronistas rotativos, a nutricionista Manuela Nogueira refere que “a área da Saúde, e da Nutrição em particular, é muito atrativa” e que as referências associadas a ambas as disciplinas são “imensamente vendáveis”. Assim, aponta um desvirtuamento de conceitos, “afastando a nossa atenção do objetivo primordial, que é a modelação de estilos de vida saudáveis”.
É neste campo que os “chamados alimentos funcionais” se sucedem “a toda a velocidade, criando a sensação de que estamos perante alimentos que prometem efeitos quase milagrosos para a saúde e bem-estar de quem os consome, justificando os preços surpreendentes com que se apresentam”.
“Na verdade, a grande maioria não resulta, efetivamente, no benefício que promete”, refere a especialista, ao assumir exceções, onde “apenas uma minoria bem triada destes alimentos poderá ter utilidade, em contextos e situações particulares, com um propósito clínico, e sob orientação de um profissional habilitado, mas nunca como um caminho alternativo para pôr fim aos maus hábitos alimentares”.
Manuela Nogueira pede aos colegas para agirem com “a cautela exigida pela evidência científica e a experiência profissional” e assegura ainda ser urgente o reforço de nutricionistas em equipas capazes de pôr em prática estratégias de saúde que invertam essa realidade”.
“Alimentos funcionais — a importância da informação” é um dos artigos de opinião da última edição da revista VIVER SAUDÁVEL, afeta aos meses de setembro e outubro, já disponível. Assine a revista dos nutricionistas e leia o texto completo.