Alimentação das cantinas escolares motivou 854 queixas este ano letivo 880


19 de julho de 2018

As refeições escolares servidas aos alunos, este ano letivo, motivaram 854 queixas, sendo as principais causas de reclamação a falta de pessoal e a qualidade e quantidade dos alimentos, revela o relatório anual do Ministério da Educação (ME).

Ao longo do ano letivo, que agora terminou, foram servidas mais de 25 milhões de refeições aos alunos do 2.º e 3.º ano de escolaridade e ensino secundário de escolas cujas cantinas estão concessionadas a privados, avançou a “Lusa”.

Segundo o relatório divulgado pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), foram feitas 854 denúncias, principalmente por falta de pessoal (266 reclamações), por servirem refeições muito pequenas (263 queixas) e servirem alimentos sem qualidade (163).

Depois de mais um arranque de ano letivo marcado por críticas de alunos e encarregados de educação aos refeitórios, o ME desenhou e implementou um plano de controlo da qualidade das refeições.

Foram criadas equipas regionais de fiscalização que, ao longo do ano, realizaram cerca de 80 visitas a cantinas e provaram quase 165 mil refeições, tendo avaliado positivamente esses pratos.

O relatório conclui que a presença das equipas melhorou o serviço prestado e reduziu o número de queixas, destacando-se o Alentejo, onde deixaram de se registar reclamações em 57,1% das escolas que anteriormente tinham sido alvo de denúncias.

Curiosamente foi no Alentejo que se aplicaram mais multas, todas por falta de pessoal.

Uma cantina da região de Lisboa e Vale do Tejo também foi multada em 250 euros por falta de condições de higiene. Já as inspeções feitas no norte motivaram apenas 18 propostas de notificação de penalização.

As quase 165 mil refeições testadas pelas equipas de fiscalização tiveram uma avaliação média de “Bom” nos seis itens: confeção, qualidade dos produtos, apresentação do serviço e do pessoal, eficiência e higiene.

No entanto, a análise destas equipas não previa a avaliação do rácio de pessoal nem a quantidade dos produtos, as duas situações que provocam mais reclamações.