28 de setembro de 2018 O diretor do Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina do Porto, Henrique Barros, defendeu hoje o aleitamento materno como «um promotor extraordinário do crescimento e do desenvolvimento harmonioso das crianças». «Hoje sabemos que as crianças que são amamentadas têm inclusivamente um índice mais elevado de inteligência e uma capacidade maior na idade adulta de terem melhores empregos, de terem melhores salários», sublinhou Henrique Barros, que é também presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), à agência “Lusa”. «Sabe-se há muito tempo que o aleitamento materno é extraordinariamente eficiente do ponto de vista económico, porque está pronto, é o resultado do metabolismo e da vida da mãe e, desse ponto de vista, leva a que as famílias não se desequilibrem economicamente. É um contributo evidente para a capacidade de utilizar os recursos económicos para outras finalidades», considerou o investigador. «Infelizmente, tem de haver ações no sentido de o promover e de contrariar um certo movimento que existe por parte, nomeadamente, da indústria alimentar que força, digamos assim, a utilização de produtos alternativos e, com isso, quebra este círculo virtuoso e, pelo contrário, alarga as desigualdades». A organização da conferência sublinha que «o aleitamento materno é, no contexto de desigualdades, crises e pobreza em que vivemos a nível global, um dos mais importantes alicerces para uma boa saúde ao longo da vida das crianças e mães». A iniciativa marcou o arranque da semana dedicada ao Aleitamento Materno em Portugal, que se realiza entre 01 e 05 de outubro. |