A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) anunciou esta quinta-feira que não identificou “áreas críticas que suscitem preocupação” na avaliação feita ao herbicida glifosato, mas alerta para riscos de metade dos componentes para mamíferos.
“A avaliação do impacto do glifosato na saúde das pessoas, dos animais e do ambiente não identificou áreas críticas que suscitem preocupação”, refere a AESA em comunicado sobre um estudo feito ao herbicida e que hoje foi enviado à Comissão Europeia.
No entanto, a EAESA salientou que, no que respeita à ecotoxicologia, foi identificado “um elevado risco a longo prazo para os mamíferos em 12 das 23 utilizações propostas do glifosato”.
A autoridade esclareceu ainda que “uma preocupação é definida como crítica quando afeta todas as utilizações propostas da substância ativa em avaliação (por exemplo, utilizações antes da sementeira, utilizações pós-colheita, etc.), impedindo assim a sua aprovação ou renovação”.
O glifosato, uma substância química utilizada em vários produtos herbicidas e cuja utilização na União Europeia (UE) está sujeita a regulamentação rigorosa, está atualmente aprovado para utilização até 15 de dezembro de 2023.
A avaliação dos riscos pelos Estados-membros e a subsequente revisão pelos pares pela AESA foram realizadas no âmbito do processo jurídico para renovar a aprovação da sua utilização na Europa.
A avaliação da agência será tornada pública em meados de julho.