9% da população portuguesa segue uma dieta veggie 1778

De acordo com o estudo “The Green Revolution 2019”, realizado pela consultora Lantern, os hábitos alimentares dos portugueses estão a mudar. Cerca de 9% da população portuguesa já segue uma dieta veggie.

Naquele que é o primeiro estudo realizado a nível nacional sobre a realidade veggie, onde se incluem veganos, vegetarianos e flexitarianos, constata-se que o grupo de flexitarianos é o que mais tem crescido nos últimos dois anos, atingindo 7,4% da população (um total de 628 mil pessoas). Destes, 74% assume que a saúde é o factor que mais determina a sua escolha.

O estudo mostra que é na faixa dos 18 aos 24 anos que encontramos mais adeptos destas novas dietas alimentares, que uma em cada nove mulheres portuguesas já é veggie, quatro em cada dez mulheres reduziram o consumo de lacticínios, 43% da população assume que reduziu ou eliminou o consumo de carne vermelha e 54% da população revela ter abandonado o consumo de enchidos.

Relativamente a esta escolha alimentar, um em cada três veggies admite ser complicado ou muito complicado encontrar pratos adequados à sua dieta fora de casa, sendo que o grau de insatisfação com os produtos substitutos disponibilizados é superior a 55%.

“O mundo dos veggies está a evoluir com cada vez maior rapidez, e é urgente oferecer a quem procura alternativas, produtos que respeitem um equilíbrio entre qualidade, preço e factores de acessibilidade e sustentabilidade. O veggie português, sendo maioritariamente jovem, e por isso atento ao desperdício de plástico, ao excesso de açúcares e à composição nutricional dos alimentos, é mais cirúrgico nas suas escolhas e obriga o mercado a estar em permanente evolução”, refere David Lacasa, da Lantern.

Segundo esta investigação, o discurso dos veggies já afecta toda a população e influencia o consumo. Começando na alimentação, passando pela moda, cosmética e farmácia, cerca de 50% dos consumidores portugueses não veggies já elegem marcas que não testam em animais.

A Lantern, especialista em inovação alimentar e responsável pela elaboração deste estudo, propõe ainda uma reflexão sobre a realidade dos hábitos alimentares dos portugueses, e sugere que a crescente adesão aos regimes veggie obrigará o mercado a ser mais flexível, oferecendo alternativas.