34% dos consumidores tem interesse em experimentar alimentos à base de microalgas 1835

No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se celebrou no passado dia 16 de outubro, a Consumer Choice elaborou e divulgou um estudo sobre as tendências de consumo alimentar, em território nacional. Além deste aspeto, foram ainda avaliados os tipos de alimentação praticados e a opinião dos consumidores sobre formas alternativas de alimentação.

Sobre os resultados, o fator que mais influencia as escolhas alimentares é a origem dos produtos (26%), surgindo posteriormente na lista o valor nutricional (24%), sabor (22%) e preço (20%). Acerca das alternativas alimentares, 34% dos inquiridos mostrou possível interesse em experimentar alimentos à base de microalgas, com 20% a considerar experimentar, inclusivamente, embalagens comestíveis, 13% disponível para consumir alimentos produzidos em laboratório e 13% com curiosidade em experimentar alimentos impressos em 3D.

“Para 76% dos entrevistados, a alimentação alternativa é um fator importante para criar outras opções ao consumo de carne e alimentos de origem animal, reduzir a poluição ambiental (72%) e reduzir o desperdício alimentar (68%). Caso as marcas promovessem degustação de produtos derivados de alternativas alimentares, 74% demonstram-se dispostos a provar”, refere ainda a nota da Consumer Choice.

Relativamente ao consumo de insetos, só 9% dos inquiridos mostrou interesse em experimentar, com 59% a dizer que este obstáculo é, em muito, resultado de “questões culturais da sociedade ocidental”. Ainda sobre o mesmo tema, 59% acredita que este obstáculo é criado por questões culturais da sociedade ocidental, mas 22% afirma que se trata de insegurança e receio de que não seja saudável. Para tornar esta alternativa mais apelativa, 26% menciona que os insetos poderiam ser incorporados em farinhas, 20% diz que poderiam ser incorporados em pratos e 17% em snacks.

33% dos inquiridos não segue nenhuma alimentação específica, com 30% a seguir a alimentação mediterrânea, 11% a flexitariana e 9% a vegetariana. Questionados sobre formas de tornar as alternativas alimentares mais apelativas, as respostas dos inquiridos passam pelo preço (18%), educação (15%), melhorar sabor e textura (13%), promover a sustentabilidade (12%) e showrooms de experimentação (11%).

Por fim, quando questionados sobre as medidas que consideram ter maior impacto na educação dos consumidores sobre a importância de uma dieta saudável e sustentável, os entrevistados mencionaram programas educacionais em escolas, centros comunitários e ONG (32%), campanhas de marketing de consciencialização (21%), foco numa comunicação eficaz (16%) e promoção de experiências interativas (15%)