O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 12 e 19 de outubro, o valor mais alto desde 23 de fevereiro, com uma subida de 1,81% em relação à semana anterior, passando a custar 214,30 euros.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 30,767 euros mais caro do que em fevereiro, aquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a 23 de fevereiro. A Deco destaca ainda o preço da pescada fresca, que aumentou 78% nos últimos nove meses.
O iogurte líquido de morango (mais 20%), o açúcar branco (17%), os cereais (17%) e o alho seco (13%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. No entanto, de 23 de fevereiro a 19 de outubro, o destaque vai para vários tipos de peixe e carne, com subidas de 20,55% e 20,11%, respetivamente.
A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.